"Verificam-se no Brasil na década de 90 (especialmente – e ironicamente – em 1995, Ano das Nações Unidas para a Tolerância), choques sérios entre um setor evangélico, a Igreja Universal do Reino de Deus, e a Igreja Católica (mais TV Globo), com destaque para o famoso episódio do “chute na santa”. Outra constante é a reclamação de que a cobertura jornalística de matérias envolvendo evangélicos tem sido freqüentemente discriminatória. Enfim, outra circunstância incômoda para muitos evangélicos é a política adotada pela Fundação Nacional de Amparo ao Índio (FUNAI) de proibição de acesso de missionários evangélicos a comunidades indígenas Para completar o quadro, os “evangélicos” são freqüentemente acusados de intolerância e sua ascensão é vista, devido a essa imagem, com certo temor por setores da sociedade." 1(9)
o
"São fundamentais na definição de identidade evangélica: 1. a exclusividade de Jesus como caminho de salvação; 2. obrigação de combater a idolatria; 3. um forte senso de “ter a verdade” e “ser diferente”; 4. um forte senso de obrigação de evangelizar, mas não apenas de semear o Evangelho para quem quiser ouvir, e sim expandir."2 (13)
on prosperity theology
"Se a ética protestante foi co-geradora do espírito capitalista, para depois ser por ele completamente repelida, ou melhor, desprezada como irrelevante em suas raízes religiosas, agora o turbocapitalismo em sua fase ultraconsumista se lança com toda a força de sua influência sobre a “religião protestante”, e é co-genitor de profunda transformação doutrinária" 3(17)
prosperity theology seen as consumer mentality "A ética neopentecostal por excelência é a aplicação combinada da Teologia da Prosperidade e da doutrina da Batalha Espiritual."4 (18)
role of speaking in tongues, healing and exorcism in Pentecostalism5 (19-20)
"Bastian joga a possibilidade de a força do pentecostalismo residir em sua capacidade de ruptura com a subordinação à ordem católica, sem mudar a estrutura da religião do pobre urbano. Tira os santos, porem restitui, reformulado, o imaginário mágico articulado a formas hipermodernas de comunicação e de gestão."6 (20)
"Frestonqualifica os pentecostais como distintos teologicamente pela ênfase nos dons do Espírito Santo, como línguas, curas e profecias, e sociologicamente pela evangelização quase sempre das camadas pobres. Apresentam alto índice de prática e forte senso de minoria aliado à natureza sectária da socialização pentecostal."7(22)
refers to Freston's claim that part of the rejection of pentecostals by some is that they challenge the hierarchichal sincretistic model of Brazilian religion replacing it with a competitive pluralism 8(24)
"Logo no início da leitura das reportagens publicadas em 1995, selecionadas para esta análise, fica evidente que, enquanto para a imprensa representada pela Folha de S.Paulo — e também para a Igreja Católica, setores da intelectualidade e correntes protestantes —, a atitude “proselitista” da Universal representa a essência de sua intolerância, para a Universal — em artigos e editoriais na sua Folha — “ecumenismo” não passa de uma estratégia católica de cooptação, e abrir mão do proselitismo, ou da evangelização, seria abrir mão de sua identidade."9 (34)
1R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 9.
2R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 13.
3R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 17.
4R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 18.
5R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 19–20.
6R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 20.
7R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 22.
8R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 24.
9R Muniz, ' Intolerância Religião no Brasil: Leitura crítica da Folha de S.Paulo e da Folha Universal
durante 1995, Ano Internacional da Tolerância', NURES 4 (2006), http://www.pucsp.br/nures/revista2/index.htm, 34.
No comments:
Post a Comment