"Ao se enfatizar os aspectos antiinstitucionais e não burocratizados da religião atual, esquece- se que a transmissão e reprodução de experiências coletivas apenas podem ocorrer porque existem organizações sociais." 1(169-170)
"Diferentes movimentos ou grupos religiosos, tanto aqueles com perfil do que se costuma chamar de Nova Era, como os grupos pentecostais e carismáticos, cuja base é uma experiência mística, têm desenvolvido complexas organizações de amplitude internacional. Além disso, esses grupos participam muitas vezes de redes que se constituem em novas organizações interreligiosas que coordenam a relação − encontros e trocas − entre distintos movimentos, grupos, igrejas. Por outro lado, podem se agregar também a um outro tipo de organizações religiosas que desenvolvem interfaces com outras esferas sociais, sejam essas de serviços de saúde, de comunicação, educativas, artísticas, políticas, financeiras, comerciais, familiares etc. Desse modo, organizações propriamente religiosas podem se complexificar quando por vezes se misturam com instâncias organizativas de atividades relacionadas a outras esferas sociais, criando órgãos com fundamento religioso mas sendo também centros terapêuticos, rádios, editoras, televisões, e pequenas indústrias, lojas, comércios religiosos, escolas, entre outros."2 (170)
" Essa capacidade integrativa da organização católica se revela forte quando se compara essa igreja com as protestantes, que sofrem freqüentemente cisões e se subdividem."3 (171)
"Movimento de Renovação Carismática. O crescimento desse movimento tem...contribuído para o fortalecimento do espaço institucional da Igreja Católica... como a estrutura mais ampla da Igreja Católica conduziu a Renovação a adotar um tipo específico de organização... limitou e conteve algumas de suas propostas centrais."4 (172)
whereas Charismatic Renewal sort to change the church as a whole, structure of the RCC made Charismatic renewal into a religious movement and thus schism was avoided 5(172-173)
desire of Charismatic renewal to affect the church as a whole and not be simply a movement demonstrated through the words of many of its leaders6 (173-175)
despite initial rejection of bureacracy by leaders of Charismatic renewal as stifling charisma, bureaucracy is necessary to allow innovative elements to survive the passing of the initial charismatic moment 7(175-176)
setting up of an international structure happened after the movement came to Brazil. Process dictated by the Vatican. Establishment as a religious movement. 8(176-179)
great plurality, variety and spontaneity in the prayer cells. "Life and Covenant" communities also structured in very different ways9 (179-181)
on the one hand Charismatic Renewal criticised by some for setting up a parallel structure, often independent of local ecclesial control. On the other hand others criticise it for too much subservience to bishops and the pope 10(181-184)
"O argumento do presente artigo integra as duas posições aparentemente contraditórias do primeiro e segundo conjunto de autores. Argumenta-se que justamente por adquirir um certo paralelismo e autonomia organizacional, a RCC pôde se integrar à estrutura mais ampla da Igreja. Embora ofereça dispositivos para criação de organizações religiosas relativamente autônomas, a Igreja procura manter seus grupos internos dentro de certo controle."11 (183-184)
1C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 169–170.
2C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 170.
3C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 171.
4C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 172.
5C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 172–173.
6C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 173–175.
7C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 175–176.
8C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 176–179.
9C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 179–181.
10C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 181–184.
11C Mariz, “A Renovação Carismática Católica: Uma igreja dentro da Igreja?,” Civitas 3:1 (2003), 169-186, 183–184.
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