“Nessa religião compartilhar uma mesma fé não significa que se tenha um projeto de mudar o mundo pelo qual se lute. Não há uma causa pela qual se lute, nem há um mal único que se deva combater. Ao contrário da cosmovisão cristã, as religiões afro-brasileiras não possuem uma proposta ética universal. Nãoapresenta uma proposta de mudar nem o mundo nem o indivíduo. Esta religiosidade não pretende ser missionária. Através dessas religiões os indivíduos buscam satisfazer o seu "santo" para ter sucesso no mundo sem mudá-lo, mas se adaptando a ele.1”(97)
internal competition among ABR leaders2
ABRs “Os inimigos, contra quem se luta, são outros seres humanos que desejam, às vezes apenas ocasionalmente, nosso mal. Como não se pressupõe nesta visão o bem e o mal como totalmente
exclusivos também não se aceita o embate entre o bem e o mal.”3
no universal ethics so “A luta religiosa nesse campo é em geral uma competição entre líderes que
tentam mostrar maior poder.”4
“Acreditar que se faz o mal nas religiões afro-brasileiras é uma "verdade" interna a essas religiões. Em
conseqüência, seus membros não podem negar essas acusações, mesmo quando elas partem das igrejas neopentecostais, porque eles próprios delas se utilizam também”5
“Nisso o neopentecostalismo se afasta das versões mais racionalizadas e menos encantadas do cristianismo
contemporâneo, que predominam nas igrejas históricas e na elite intelectual católica e no seu clero....Distingue-se por não definir as religiões afro-brasileiras como meras superstições, e ainda por considerar possessão um sintoma de histeria ou sugestão como fazem as versões mais intelectualizadas do
cristianismo.”6
“tendo a discordar de Oro e sugiro que a aparente inércia do povo de santo em relação aos ataques dos neopentecostais se explica mais por sua cosmovisão do que por sua fragilidade política e social.”7
“a Igreja Universal tem contribuído bastante para dar visibilidade e fazer conhecer nas camadas populares de Buenos Aires a religião afro-brasileira e seus orixás.”8
1CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 97.
2CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 97–98.
3CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 98.
4CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 99.
5CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 99.
6CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 100.
7CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 101.
8CL Mariz, “Reflexões Sobre a Reação Afro-Brasileira à Guerra Santa” Debates do NER 1:1 (1997) 96–103, 102.
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