On referring to evangelical identity, makes the important point concerning competition amongst evangelicals.(30)1
“Acreditamos, porém, que podemos perceber no campo evangélico brasileiro alguns elementos que vieram se somar a outros elementos no processo de fortalecimento da noção de indivíduo no Brasil. O mais importante, e que de alguma maneira determina outros fatores, é que as igrejas evangélicas são em sua grande maioria, por opção teológica e necessidade sociológica, conversionistas.” (34)2
“Seriam os sem religião alimentados pela “porta dos fundos” das igrejas evangélicas?” (36)3
“Essa ênfase, já destacam os autores citados, permite inferir que o crescimento evangélico esta associado com o processo de modernização e na medida em que se alimenta simultaneamente reforça o processo de desenraizamento e individualização típicos de uma sociedade secularizada.” (37)
“O Brasil,....poderia ter passado por um reforma da igreja nacional...sobretudo no Brasil do século XIX. Nesse século o padroado, o regalismo do imperador e de diversos líderes católicos, baseado na doutrina conhecida como galicismo, e o jansenismo de importantes setores do clero estavam alinhados em projeto que incluía a separação efetiva da igreja nacional da autoridade da Sé Romana, aliada ao desejo de reformas que incluíam desde o fim do celibato clerical a elementos teológicos muito próximos à vertente protestante (Vieira, 1980). As esperanças de reforma dos jansenisatas aliados às pretensões regalistas acabaram, entretanto, frustradas pelo processo de fortalecimento do clero ultramontano e pelo golpe final, a própria proclamação da República. A separação entre Estado e Igreja Católica acabou possibilitando à Santa Sé liberta das amarras do padroado romanizar a Igreja católica brasileira em um movimento de cima para baixo, no qual as tendências galicistas e jansenistas foram finalmente derrotadas e o catolicismo “popular” enquadrado. Se a reforma da igreja não se efetivou como pretendiam os jansenistas, a influência desses durante a segunda metade do século XIX foi fator importante para a tolerância e até mesmo o aparato jurídico que em muito contribuiu para a entrada do protestantismo no Brasil. A amizade do Padre Diogo Feijó com o missionário americano Fletcher é apenas um exemplo do clima que possibilitou a entrada do protestantismo no Brasil (Ribeiro, 1973).” (40-41)4
“Por outro lado, no meio pentecostal, houve uma predominância do discurso “crente não se mete na política.” A exceção do fundador da Igreja Brasil Para Cristo apenas confirma a regra, sobretudo quando os futuros líderes da mesma igreja reforçarão que a decisão de entrar na política era uma posição pessoal e institucional.” (44-45)5
“A postura evangélica durante o golpe de 1964, e mesmo no período autoritário, tem como cenário a própria guerra fria e as questões relativas à liberdade de culto.” (46)
“A igreja Presbiteriana, a título de exemplo, ficou famosa por sua caça aos comunistas dentro da própria Igreja e seminários, com notícias de entrega dos próprios membros à repressão (Araújo, 1976). O jornal Batista suspendeu seus artigos sobre responsabilidade social e se desencadeou um processo de aproximação com o regime que culminou com o convite ao Pastor Nilson do Amaral Fanini, um dos maiores líderes denominacionais na época, para cursar a ESG.” (46)6
S Cerveira, “Protestantismo Tupiniquim, Modernidade e Democracia: limites e tensões da(s) identidade(s) evangélica(s) no Brasil contemporâneo” Revista de Estudos da Religião 1 (2008) 27–53.
Friday, 8 August 2008
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