Monday, 2 June 2008

Oro, Steil

defines neo-pentecostalism as: "pentecostalismo de líderes fortes, pentecostalismo anti-ecumênico, pentecostalismo "liberal", pentecostalismo de cura divina, pentecostalismoeletrônico e pentecostalismo empresarial."1 (10 n1)


refers to a repression in the 1950s of Afro-Brazilian religions by the Catholic Church2 (10-11)


attack on ABR seen as central to IURD growth strategy (11)


accepts that neo-pentecostals are themselves victims of a negative stereotypical portrayal by the midia and social sciences3 (11)


neopentecostals seen to adopt an ancient worldview whereby "Segundo essa representação, os demônios são seres espirituais possuidores de força superior a dos homens mas 4inferior a dos deuses" (12)


quotes, rather surprisingly, Mariz in claiming that angels play a marginal role in Pentecostal churches, parallel to underplaying saints and the virgin Mary5 (13)


refers to the way in which the IURD sees the ABRs as the main way through which the demonic manifests itself in Brazilian society, and thus wages a symbolic spiritual warfare, which at times overflows into violence, against the ABRs6 (14-16)


"para C. Mariz, a satanização conduzida pelo neopentecostalismo visa manter a ortodoxia de urna fé ameaçada por religiões rivais, especialmente afro-brasileiras e Nova Era, e resulta, de urn lado, do fato dessas expressões religiosas também oferecerem experiência emocional e mágica e, de outro lado, de serem grupos abertos a mistura religiosa e ao sincretismo."7 (16)


"V. Boyer sublinha a situação de concorrência entre cultos de possessão e igrejas pentecostais para o recrutamento, majoritariamnte feminino, num mesmo meio social"8 (17)


"Em conseqüência temos, de urn lado, a conversão de umbandistas, até mesmo de pais e mães-desanto e, de outro lado, pastores da Universal que precisam dominar, conhecer, os códigos das religiões afro-brasileiras para acederem aquele cargo."9 (17)


demonization of ABRs seen as part of a IURD strategy to differentiate itself amongst evangelicals10 (19) "enfatizar um novo modo de ser pentecostal, dando-se uma especifidade, uma nova missão"11 (19)


"a dramatização ritualística da demonização traduz, até certo ponto, a rejeição do neo-converso do seu modo de vida pregresso e a expressão de sua mobilidade religiosa (e quiça também social);necessidade de sublinhar o novo em relação ao velho, o abençoado e liberto em relação ao pecaminoso e mundano. Nesta 1ógica, o passado não é esquecido, desmemorializado. Ele é constantemente atualizado para ser diariamente exorcizado, sempre renovado e representado no ritual do exorcismo/libertação"12 (20)


analyses the timed response of the ABRs when faced with such attacks (20-26) interesting comparison with the media scandal surrounding SVHs kick 13


refers to the movement from talking about conversion to talking about deliverance in the IURD14 (27 note 8)


"no Uruguai e na Argentina a instalação da IURD sucedeu a implantação das religiões afro-brasileiras, o que significa que, neste caso, a IURD se expandiu no rastro daquelas religiões porque, até certo ponto, necessita das mesmas, isto é, do conhecimento da sua cosmovisão, crenças e ritos, por parte dos seus interlocutores, para se instalar e obter sucesso"15 (29)


note 20: "Resta saber qual é o discurso da IURD e que rituais põe em prática em países sem tradição religiosa afro-brasileira. R. Mariano sugere que efetuam a demonização de espíritos territoriais, regionais, geográficos (Mariano, 1995). É isso que provavelmente ocorre posto que o próprio E. Macedo, num dos seus livros, após efetuar uma análise dos demônios no Antigo e no Novo Testamentos, e na igreja primitiva, afirma: "É possível que nos mais diversos lugares onde a Igreja atuava, os demônios fossem identificados com a cultura local" (Macedo, 1995:20; grifo nosso ). Assim procedendo, estará a Igreja Universal adaptando a sua máquina discursiva as culturas locais. Está é, aliás, uma das características da máquina narrativa, segundo Corten (1996), ela é flexivel e incorpora elementos locais. Ademais, a julgar pelas imagens e relatos de pastores brasileiros da Universal em atuação no exterior, e veiculadas pela TV Record, um importante mecanismo posto em prática pela Universal para atrair as pessoas, obter êxito e desfrutar de aceitação local consiste na prestação de ações de assistência social em relação aos mais necessitados"16 (29)



Carlos Alberto Steil, “DEMÔNIOS MODERNOS EM RITUAlS DE PODER,” Debates do NER 1, no. 1 (November 1997): 3845.


"Como mostra Mello e Souza, em seu livro o diabo e a Terra de Santa Cruz, dedicado ao tema do diabo no Brasil colonial (1987),o processo de demonização dos cultos indígenas e africanos está

presente na própria constituição da imagem que os portugueses fazem da "população selvagem, canibal e dominada pela magia que vivia num paraíso de riquezas naturais". A identificação do diabo com as entidades dos cultos afro e indígenas, no entanto, aponta para uma ambigüidade ou fraqueza simbólica que as tornam incapazes de expressar o mal encarnado no diabo cristão. Deste modo, uma vez que não se colocavam nem no domínio de Deus nem do diabo, as religiões indígenas e afro-brasileiras puderam ser cultuadas e reinventadas no Brasil."17 (39)


"compreender a intensificação das dicotomias entre o bem e o mal como uma nova forma religiosa de atribuir sentido ao viver sob a insegurança e a incerteza dentro de uma sociedade que deixa pouco espaço para a negociação"18 (40)

1A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 10 note 1.

2A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 1011.

3A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 11.

4A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 12.

5A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 13.

6A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?,” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 1416.

7A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 16.

8A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 17.

9A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 17.

10A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 19.

11A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 19.

12A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 20.

13A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 2026.

14A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 27 note 8.

15A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 29.

16A P Oro, “Neopentecostais e Afro-brasileiros: Quem Vencerá Esta Guerra?” Debates do NER 1:1 (1997): 1036, 29.

17CA Steil, “Demônios Modernos em Rituals de Poder” Debates do NER 1:1 (1997) 3845, 39.

18CA Steil, “Demônios Modernos em Rituals de Poder” Debates do NER 1:1 (1997) 3845, 40.

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